segunda-feira, 13 de julho de 2009


Outro dia, remexendo numa papelada antiga, redescobri uns poemas escritos ainda na adolescência. Tem uns bem legais. Coisas de juventude...Quando o passar do tempo não existe, somente o aqui e o agora. Vou selecionar alguns e colocar aqui. É um grande exercício. Lê-los novamente me fez refletir em como, ás vezes, somos ousados. Isso é muuuiiiito bom. Deveria manter esse ímpeto sempre. Chutar o balde.

domingo, 21 de junho de 2009

Um pouco sobre a morte.


Somos criados sem pensar na morte. Quando ela acontece na nossa família- e a partir de uma certa idade, se torna muito comum -, a sensação é a pior possível. Uma dor terrível nos acomete. Nos sentimos impotentes, frágeis. E nos perguntamos: Prá quê? Por quê?
Daí vem aquele monte de crenças tentando explicar algo que simplesmente é parte da vida. Se não aceitamos a morte como algo intrínseco da vida, fica mais dolorido ainda.
Ás vezes me pego listando todas as pessoas que conheci e que já morreram. E os animais de estimação, as flores...É estranho, elas se foram, mas as lembranças ficam. Daí, se existe vida após a morte, ou vida, como querem os espíritas, não devemos temê-la, pois certamente um monte de gente boa já passou por isso. E se, pelo contrário, não existe nada além disso daqui, pouco me importa. Simplesmente não podemos fazer N A D A.

Quando fiz uma cirurgia com anestesia geral, foi muito interessante. Lembrava-me do horário em que foi aplicado o anestésico, das conversas e brincadeiras com as auxiliares e médicos... Depois de horas, voltei à consciência ( já tinham se passado umas seis horas), e foi como se aquele período não existisse. Imediatamente o associei a uma espécie de morte. Daí não me amedrontar mais.

O que importa mesmo é a qualidade de nossas vidas aqui e agora. O mais, são conjecturas. E se minhas lembranças me acompanham e se achegam mais em minha consciência, sinto-me agradecida por ter convivido com pessoas tão interessantes e, claro, únicas. Isso, porém, não alivia a dor da perda. Apenas nos conforta, e nos lembra que somos passageiros. A vida continua...